A Carnival Corporation prepara-se para retirar 13 navios da frota e adiar a entrega de 16 novos, num esforço para reduzir os custos e o impacto da Covid-19.
A companhia, tal como muitos dos operadores do sector, suspendeu as viagens em Março, devido às restrições de viagens em todo o mundo com o objectivo de minimizar a propagação do novo coronavírus. Dos 13 navios que a Carnival vai retirar da frota, nove (que iriam ser vendidos) serão desmantelados. O adiamento da entrega de 16 navios faz parte dos esforços de redução das despesas de capital nos tempos mais próximos.
“Esperamos reduzir as entregas de navios até ao final do ano fiscal de 2021 de nove, conforme planeado originalmente, para cinco; dois neste ano fiscal e três no próximo, adiando mais de três mil milhões de dólares [2,65 mil milhões de euros] em investimentos para o ano fiscal de 2022 e seguintes. Assim, reduzimos os nossos gastos e teremos uma frota mais eficiente quando retomarmos a operação de cruzeiros”, afirmou em tele-conferência o presidente e CEO da Carnival, Arnold Donald, que explicou ainda que os 13 navios previstos para deixarem a frota da companhia representam uma redução de quase 9% da capacidade actual.
A empresa tem feito um esforço para fortalecer a liquidez, tendo garantido mais de 10 mil milhões de dólares em novo capital, enquanto trabalhava para adiar a maturidade da dívida e garantir acordos com mais de 20 credores e mais de 40 contratos diferentes.
A Carnival que tinha gastos mensais de 650 milhões de dólares por mês, 250 milhões dos quais em despesas operacionais e administrativas de navios.