Em sete anos, o Mob Carsharing da Carristur conquistou apenas 350 clientes. O serviço foi suspenso, ao arrepio da tendência europeia.
A “culpa” é da dificuldade em alterar os hábitos arreigados dos portugueses, para quem a utilização do automóvel particular ainda confere estatuto, avança Isa Lopes, directora do gabinete de comunicação da Carristur, citada pelo “Público”.
O arranque do Mob Carsharing até foi auspicioso mas as anunciadas poupanças anuais de 4 000 euros face ao transporte individual não convenceram.
De acordo com a informação disponibilizada no site do serviço, a frota (reduzida a cerca de uma dezena de unidades) era composta por Smart e veículos utilitários, disponíveis numa rede de sete parques de estacionamento.
Quanto ao tarifário, a anuidade anunciada para a adesão era de 15 euros para particulares, 50 euros para empresas e grátis para estudantes. O preço mínimo de utilização dos veículos era de 9,90 euros/hora, incluindo nesse pagamento o combustível para percorrer um máximo de 40 quilómetros. Cada quilómetro a mais era taxado a 22 cêntimos.
A decisão de suspender o serviço resultou da necessidade de fazer avultados investimentos para o manter, avançou a mesma responsável. A suspenso em Lisboa tornou-se efectiva no Verão.