A fusão entre os grupos PSA e Fiat Chrysler levanta questões de concorrência em 15 mercados europeus, considera a Comissão Europeia.
Bruxelas decidiu avançar com uma investigação aprofundada à anunciada fusão entre o grupo PSA e a Fiat Chrysler, por considerar que ela limitará a concorrência no segmento de veículos comerciais ligeiros em 14 estados-membros e no Reino Unido.
Em vários estados-membros, um ou outro dos grupos envolvidos na fusão já são líderes de mercado nos comerciais ligeiros, posição que seria fortemente reforçada com o desaparecimento de um concorrente. Portugal é um desses casos. Segundo os últimos dados da ACAP, relativos a Maio, o mercado nacional era liderado pela Peugeot, com a Citroën no terceiro lugar e a Fiat no quarto.
De acordo com a ACEA, PSA e FCA produzem cerca de 755 mil comerciais ligeiros, que equivalem a cerca de 34% do total da produção europeia. Renault e Ford têm uma quota de 16% cada, a Volkswagen 12% e a Daimler 10%.
A Comissão Europeia tem agora quatro meses para se pronunciar sobre a operação de fusão, que já recebeu “luz verde” das autoridades dos EUA., China, Japão e Rússia.
Caso avance, a fusão PSA + FCA dará origem ao quatro maior grupo automóvel mundial, com vendas anuais de 8,7 milhões de unidades.