A criação de uma linha marítima regular entre Cabo Verde e o estado brasileiro do Ceará poderá conhecer um novo impulso com a visita de uma missão de empresários e representantes de instituições brasileiras àquele país africano.
Esta nova missão brasileira integra membros da direcção da Companhia Docas do Ceará, da Comissão de Comércio Exterior do Ceará, das câmaras de comércio Brasil-Portugal, Brasil-Angola e Brasil-Moçambique no Ceará, bem como do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), da Federação das Indústrias do Estado do Ceará/Centro Internacional de Negócios e Empresários, do Sindicato das Indústrias, assim como empresários daquela região brasileira.
Em Janeiro passado, a Companhias Docas do Ceará e a Enapor, de Cabo Verde, assinaram um acordo de entendimento para a criação de uma linha marítima regular, que deveria ligar o porto de Mucuripe, em Fortaleza, e Cabo Verde.
Na base desse compromisso está um estudo de viabilidade sobre as possibilidades reais de negócios entre o estado do Ceará e países como Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Moçambique e, num futuro mais distante, com o Senegal e a Guiné-Bissau.
Nas conclusões do estudo pode ler-se que “a viabilização desta rota [com Cavo Verde] deverá ser um marco nas relações comerciais e de cooperação do Brasil com a África e porta de entrada para o continente sendo o objectivo escoar não só cargas do Ceará mas também de outros estados”.
Recorde-se que a Portline manteve durante vários anos uma ligação regular entre o Brasil e Cabo Verde, operada com o navio Port Tejo. Mas no entretanto o serviço foi descontinuado.