Acautelando a previsível saturação do Portela+1 no horizonte 2030-35, o CECE – Centro de Estudos de Gestão do ISEG recomenda que se retomem de imediato os estudos do NAL em Alcochete e que se gaste o mínimo possível no Montijo.
Na “advertência” hoje divulgada, aquela instituição, que agrega reconhecidos especialistas nas áreas dos transportes e da logística, começa por “relembrar e sublinhar a grande importância em todo o mundo da visão e do planeamento de longo prazo na competitividade das infraestruturas aeroportuárias”.
No caso de Lisboa, a opção de aproveitar a base aérea do Montijo para complementar a capacidade da Portela é “consensual” e “inevitável”, até porque “não foi anteriormente preparado, de forma atempada, o processo de construção do Novo Aeroporto de Lisboa (NAL), adianta.
No entanto, adverte, “esta não é uma solução competitiva e de futuro para a região e o País”, pelos “constrangimentos e limitações de segurança no actual aeroporto e no Montijo”, pelas “limitações à dimensão máxima do avião crítico de projecto no Montijo” e porque “a solução dual integrada de aeroportos não conhece exemplos de sucesso no mundo”.
Além do que. reforça, “a capacidade conjunta dos dois aeroportos não deverá ultrapassar 2030/2035, mesmo considerando elevadas taxas de produtividade da oferta e ritmos conservadores de crescimento da procura, muito inferiores aos actuais”.
Assim sendo, para evitar a rotura anunciada da oferta aeroportuária em Lisboa, “muito provável em 2030”, e porque “o desenvolvimento e construção do NAL deverá demorar cerca de 8 a 10 anos”, o CEGE recomenda “retomar rapidamente os estudos do NAL em Alcochete, procurando fasear a sua construção de forma racional, minimizar os investimentos arquitetónicos previstos nos primeiros estudos e localizar a infraestrutura o mais próximo de Lisboa possível e não na localização anteriormente prevista”.
E porque a solução Portela+1 será limitada no tempo, é sugerido “minimizar os investimentos temporários a realizar agora no Montijo, evitando o desperdício posterior”, acrescenta o CEGE.
“Só com uma visão global e um adequado planeamento integrado no longo prazo será possível assegurar os interesses e a competitividade internacional da TAP, da região de Lisboa e do País”, remata o organismo liderado por J. Augusto Felício.
Este estudo devia ter sido feito pelo governo do José Sócrates, era então secretária estado, a MINISTRA DO MAR, Engª ANA PAULA VITORINO, que nada fez, em vez disso deram milhões em estudos a vários gabinetes, o costume nos governos PS, passaram 10 anos !, agora Lisboa precisa urgentemente de NOVO AEROPORTO e vamos mais uma vez perder toda a competitividade não só no transporte de passageiros como na carga aérea : a DHL que é o maior operador europeu de carga e dos maiores do mundo já não vai esperar mais tempo e troca o seu investimento em Lisboa por Madrid ou Marselha, q incompetência !!