A China propôs ao Brasil a criação de uma companhia conjunta para a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). Os chineses propõem-se concluir o projecto.
O governo brasileiro confirma que está a estudar a proposta chinesa, mas adia mais decisões para uma reunião marcada para breve, na qual será definido o novo modelo de concessões e cooperação em infra-estruturas e logística.
O ministro dos Transportes brasileiro, Maurício Quintella Lessa, indica, citado pela comunicação social do país, que a proposta prevê que a sociedade construtora seja criada através das companhias estatais Valec (Brasil) e China Railway Corporation. A Fiol terá uma extensão de 1 527 quilómetros e unirá o porto de Ilhéus às cidades de Caetité e Barreiras, no Estado da Bahia, e Figueirópolis, no Estado de Tocantins, onde ligará à linha ferroviária Norte-Sul.
A Valec tem, no presente, a concessão da FIOL e já realizou investimentos superiores a quatro mil milhões de reais (1 100 milhões de euros) mo projecto. A companhia pública chinesa compromete-se a construir o que falta da linha e o porto de Ilhéus.
O governo do Brasil coloca, porém, alguma prudência nas afirmações, na medida em que a proposta chinesa impedirá possíveis negociações com outros interessados, além de que será necessária a alteração da legislação brasileira para permitir a entrada de outros países em investimentos. A Rússia, por exemplo, também já terá manifestado interesse em investir na ligação Norte-Sul.