As comunidades intermunicipais das Terras de Trás-os-Montes e da Região de Aveiro preparam-se para receber as novas redes de autocarros. Já o Douro e o Alto Minho ainda não adjudicaram os respectivos concursos públicos.
Na CIM das Terras de Trás-os-Montes, a concessão foi atribuída à Montes Resilientes, uma empresa do Grupo Santos, que detém também a Rodonorte, segundo fonte da comunidade intermunicipal.
A adjudicação teve visto do Tribunal de Contas em Agosto de 2022 e a empresa tinha um prazo de seis meses para iniciar a operação, até 1 de Março, mas pediu uma prorrogação do prazo para Julho, alegando dificuldades na aquisição de equipamentos e na preparação da operação, devido à conjuntura internacional, segundo informação avançada à “Lusa” pela CIM.
O Conselho Intermunicipal da CIM Terras de Trás-os-Montes ainda não se pronunciou sobre o pedido, que todavia deverá ser aceite, segundo a mesma onte.
A concessão – avaliada em cinco milhões de euros – terá a duração de cinco anos.
Na CIM da Região de Aveiro, o concurso público (de 12,4 milhões de euros) foi ganho pela israealita Afifi. Ainda esta semana deverão ocorrer reuniões preparatórias do arranque da operação, segundo adiantou fonte da CIM da “Lusa”.
A Norte, as sub-regiões do Douro e do Alto Minho são as únicas que ainda não adjudicaram os respectivas concursos públicos de transporte rodoviário de passageiros.
Fonte da CIM Douro adiantou à “Lusa” que o concurso de 3,5 milhões de euros lançado em Fevereiro do ano passado ficou deserto, pelo que ainda este ano deverá avançar novo procedimento.
Quanto ao Alto Minho, no passado dia 27 de Janeiro a Câmara de Viana do Castelo aprovou a delegação na CIM d'”a competência para gerir a rede de transportes públicos intermunicipais”, bem como a abertura do concurso público de 8,5 milhões de euros.
Com adjudicações já feitas e anunciadas, mas ainda sem o serviço a operar, está a Área Metropolitana do Porto (AMP).
Na AMP, foram assinados quatro de cinco contratos no dia 29 de Novembro, envolvendo a Nex Continental Holdings (Lote Norte Nascente: Santo Tirso/Valongo/Paredes/Gondomar), a Porto Mobilidade (agrupamento Viação do Minho/Transdev/Litoral Norte, no lote norte Poente: Póvoa de Varzim/Vila do Conde), a Xerbus (agrupamento Xerpa e Monbus no lote Sul Nascente: Santa Maria da Feira/São João da Madeira/Arouca/Oliveira de Azeméis/Vale de Cambra) e a Transportes Beira Douro (pertencente à Auto Viação Feirense, no lote Sul Poente: Vila Nova de Gaia e Espinho).
Os municípios da Maia, Matosinhos e Trofa assinaram a 27 de Janeiro o contrato do lote Norte Centro com o consórcio Vianorbus (que junta o grupo Barraqueiro e Resende).
Já a operar estão as CIM do Cávado, Ave e Tâmega e Sousa, contando com a presença da Transdev: as duas primeiras com uma operação concessionada à Transdev, a terceira com lotes subdivididos (um da Transdev e os restantes três controlados pela Valpi, Pacense e Rodonorte).
No terreno está já também a operação no Alto Tâmega e Barroso, que anunciou em Agosto de 2022 a concessão à Flaviamobil, uma empresa de capitais galegos pertencente à Xerpa Mobility, Monbus e a Socitransa, num contrato de sete anos e cerca de seis milhões de euros.