Juntas, a Refer, CP, Metro do Porto, Metro do Porto, Carris e STCP registaram no ano passado prejuízos de 773,4 milhões de euros. Mais 200 milhões que em 2009.
Segundo os cálculos da “Lusa” feitos a partir dos relatórios e contas divulgados pelas cinco empresas, a CP foi aquela que registou um maior agravamento dos prejuízos em 2010. A transportadora ferroviária encerrou o ano com um resultado líquido negativo de 195,1 milhões de euros, um valor que compara com os 72,8 milhões de euros de prejuízo registados no ano anterior.
A Refer, gestora da infraestrutura ferroviária, agravou o prejuízo de 120,5 milhões de euros para 146,5 milhões de euros em 2010.
A Norte, a Metro do Porto passou de um prejuízo de 57,9 milhões de euros, em 2009, para uma perda de 251,7 milhões de euros, em 2010. E registou assim as mais perdas entre as cinco empresas consideradas.
No transporte rodoviário, o prejuízo da Carris subiu de 41,5 milhões de euros, em 2009, para 42,2 milhões de euros, em 2010. Já a STCP agravou o seu prejuízo, de 21,4 milhões para 37,9 milhões de euros.
Feitas as contas, os prejuízos das cinco empresas de transportes ascenderam a 773,4 milhões de euros, o que traduz uma subida de 220,4 milhões em relação aos resultados líquidos negativos de 553 milhões de euros registados em 2009.
No âmbito das empresas públicas de transportes, falta ainda conhecer os resultados de 2010 do Metropolitano de Lisboa e do grupo Transtejo (que inclui a Soflusa), que ainda não foram divulgados.
Recorde-se que na sequência de uma visita dos técnicos do Eurostat, o défice de 2010 acabou por ser revisto em alta para os 14,9 mil milhões de euros, ou 8,6% do PIB, em parte devido à contabilização de 793 milhões de euros de perdas da Refer, Metropolitano de Lisboa e Metro do Porto.