Cinco grupos empresariais, dois dos quais estrangeiros, terão manifestado interesse na concessão dos estaleiros da Figueira da Foz, adiantou a “Lusa”. O prazo para a apresentação de propostas termina no próximo dia 11 de Junho.
Foi já publicado em Diário da Republica o anúncio da Administração do Porto da Figueira da Foz (APFF) para a concessão da área reservada aos estaleiros navais daquela cidade, onde funcionaram os Estaleiros do Mondego, em processo de liquidação.
A concessão será feita por um prazo de 20 anos. Não é exigido um valor mínimo, mas a escolha do futuro concessionário terá em conta a renda que se propõe pagar pela concessão, o investimento em edifícios e infra-estruturas fixas, os mínimos de cargas a movimentar no porto da Figueira da Foz durante a concessão e os postos de trabalho nos primeiros dez anos da concessão, por ordem decrescente de importância.
À “Lusa”, Azevedo Mendes, assessor jurídica do Porto de Aveiro, disse que o concurso pressupõe a criação de 50 postos de trabalho, sendo que a reintegração dos ex-trabalhadores dos Estaleiros do Mondego será majorada na proporção de um para dois. A liquidação dos Estaleiros Navais do Mondego deixou sem emprego 47 trabalhadores.
O prazo para a apresentação de propostas termina dia 11 de Junho. Segundo a “Lusa”, cinco grupos empresariais já terão manifestado interesse de princípio no processo. Findo o prazo para as candidaturas, prevêem-se 30 dias para a sua análise, devendo a adjudicação ocorrer em meados de Julho.
Os Estaleiros Navais do Mondego foram vendidos, em 2006, pela Fundação Bissaya Barreto, à espanhola Contsa, pelo preço simbólico de um euro. Em Abril do ano passado, a administração da empresa pediu a insolvência, em Julho apresentou um plano de viabilização, de que desistiu, levando o tribunal a decretar o seu encerramento em Dezembro passado.