As normas de destacamento, acesso à actividade e tempos de condução e repouso previstos no novo Pacote da Mobilidade ameaçam a cabotagem, avisa a CLECAT.
A CLECAT considera que as novas regras do Pacote da Mobilidade aumentarão a burocracias para os operadores, com normas “complexas e irracionais, não suportadas por nenhuma avaliação de impacto”. A exclusão do transporte bilateral e um número muito limitado de actividades de carga e descarga permitidas pela regulamentação sobre trabalhadores destacados “está longe de ser suficiente para garantir o bom funcionamento do mercado interno de transporte rodoviário”, diz a associação, que agrega transitários, transportadores, operadores logísticos a despachantes oficiais.
A CLECAT acrescenta que o salário mínimo por Estado-Membro, dependendo do camião, das mercadorias transportadas, da idade do motorista, etc., complicará a situação. A associação considera, por isso, ser importante “fazer as correcções necessárias” para obter maior flexibilidad,e que garanta o bom funcionamento do mercado interno de transporte rodoviário, sem criar burocracia adicional ou regras complexas.
Quanto às restrições de cabotagem e à introdução do período de “repouso”, desde a CLECAT indicam que restringirá ainda mais o mercado e causará perdas de eficiência e capacidade.
A associação opõe-se, além disso, à proibição do descanso semanal e reduzido no interior do camião, o que “perturbará gravemente” o transporte rodoviário internacional de mercadorias no momento em que a falta de estacionamento seguro adequado e instalações de descanso é um problema e cria insegurança para motoristas e cargas. A CLECAT defende, por isso, a possibilidade de descansar na cabine se o motorista passar por uma área de estacionamento segura e protegida, desde que haja um número suficiente de parques seguros na UE.