A indústria mundial de cruzeiros deverá recuperar o volume de passageiros pré-pandemia já este ano, na melhor das hipóteses, ou em 2023, no pior cenário, antecipa a CLIA.
Em 2020, as companhias de cruzeiros associadas da CLIA transportaram 5,8 milhões de passageiros, menos 81% que os 29,7 milhões registados em 2019, de acordo com o “Cruise Industry Outlook 2022” agora divulgado.
Tomando como referência o ano de 2019, a associação estima que no corrente exercício o volume de passageiros atingirá os 78%, no pior cenário, ou poderá mesmo chegar aos 101% no melhor. As previsões apontam ainda para que, mesmo no cenário mais conservador, o nível de 2019 seja superado em 2024. E para 2026 as perspectivas moderadas/optimistas apontam para um crescimento de 28% face ao período pré-Covid.
Actualmente, mais de 75% da capacidade das companhias associadas da CLIA já retomou a actividade e projecta-se atingir praticamente os 100% em Agosto.. No decurso deste ano a frota mundial contará 272 navios no activo, com uma capacidade média de 2 126 passageiros.
Ainda este ano deverão entrar ao serviço 16 novos navios, incluindo oito com propulsão a GNL e nove navios de expedição. Desses, dois serão da Mystic Cruises, de Mário Ferreira, o World Traveller e o World Seeker.
Olhando mais além, num horizonte de cinco anos, a CLIA antecipa que em 2027 haverá 26 navios de cruzeiros (representando 16% da capacidade global) serão movidos a GNL, 231 (81% da capacidade) disporão de sistemas avançados de tratamento de águas residuais, 174 (66%) poderão abastecer-se de electricidade a partir de terra e 176 (81%) terão instalados sistemas de tratamento dos gases de exaustão.