É oficial. A CMA CGM chegou a acordo com o fundo estatal de Singapura Temasek Holdings para a compra de 67% da Neptune Orient Lines (NOL), num negócio que avalia a companhia asiática em 2,4 mil milhões de dólares (2,2 mil milhões de euros).
O negócio fica agora dependente das necessárias autorizações regulamentares. A CMA CGM espera consegui-las até meados do próximo ano. Depois a companhia francesa terá ainda de lançar uma OPA sobre o restante capital da NOL, que é uma empresa cotada em Bolsa.
Com este negócio – o maior da história do transporte marítimo de contentores – a CMA CGM reforçará a sua terceira posição no ranking mundial. Actualmente, detém uma quota de mercado (em termos de capacidade) de 8,8%, juntando os 2,6% da APL (a marca da NOL para esta área de negócio), 13.ª no ranking, passará a controlar 11,4%, correspondentes a uma frota de cerca de 563 navios e mais de 2,3 milhões de TEU.
Na frente do ranking mundial manter-se-ão a Maersk Line (com 15,7% de quota) e a MSC (com 13,3%).
Juntas, a CMA CGM e a CGM representam um volume de negócios combinado de 22 mil milhões de dólares. No primeiro semestre do ano corrente, a CMA CGM apresentou um resultado operacional de 158 milhões de dólares (margem de 4%), ao passo que a APL perdeu 66 milhões (margem operacional de -5,5%).
“Numa altura em que o transporte marítimo enfrenta fortes ventos contrários, as economias de escala são mais fulcrais do que nunca para capitalizar em sinergias e aproveitar as oportunidades de crescimento onde quer que surjam”, afirmou, citado no comunicado de imprensa conjunto, o vice-presidente do conselho de administração da CMA CGM, Rodolphe Saadé.
No âmbito do acordo com a Temasek Holding, a CMA CGM estabelecerá a sua sede regional em Singapura.
O financiamento da compra da NOL já estará integralmente assegurado.