A CMA CGM melhorou a rendibilidade no segundo trimestre e prevê que os resultados voltem a crescer no terceiro, à medida que o sector recupera de forma rápida.
A CMA CGM registou um lucro líquido de 136,4 milhões de dólares (115,2 milhões de euros) entre Abril e Junho, contra um prejuízo de 109,2 milhões no período homólogo de 2019.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 26%, para 1,2 mil milhões de dólares, com os preços de fretes favoráveis e os custos reduzidos (devido a preços mais baixos do petróleo e um programa de eficiência) a compensarem a queda nas vendas causada pelos efeitos económicos da Covid-19.
Os volumes transportados caíram 13,3% em comparação com o trimestre homólogo do ano passado, mas a queda foi menor do que a descida de 15% que a CMA CGM tinha previsto inicialmente.
“À medida que as medidas de confinamento foram gradualmente levantadas, os volumes transportados recuperaram fortemente a partir de Maio, pelo efeito combinado da recomposição de stocks e da forte recuperação no consumo de bens, principalmente nos Estados Unidos”, refere o relatório do grupo marselhês.
“A forte dinâmica actual do mercado de transporte marítimo, impulsionado por volumes e preços dos fretes, deve permitir ao grupo melhorar ainda mais a sua margem operacional em comparação com o segundo trimestre”, acrescenta o documento da CMA CGM.
Mercado cairá 3-5% este ano
A recuperação da actividade, que também reflectiu um forte crescimento do e-commerce e uma mudança para o transporte marítimo por parte de algumas companhias devido a algumas rotas aéreas estarem inactivas, deve, de acordo com o director financeiro do grupo francês, Michel Sirat, limitar a queda dos volumes do sector do transporte de contentores em 2020 para 3% a 5%.
O grupo pretende regressar aos lucros na CEVA este ano, depois da subsidiária de logística ter reduzidos os prejuízos no segundo trimestre, de acordo com Sirat, que explicou, numa conferência por telefone, que a CMA CGM usou 300 milhões de euros de um empréstimo de mil milhões de euros com garantia do Estado francês para realizar um aumento de capital na CEVA.