Apesar de ter transportado mais contentores que no segundo trimestre, a CMA CGM viu as receitas e a margem operacional baixarem ligeiramente no terceiro trimestre do ano.
A CMA CGM apresentou mais um sólido conjunto de resultados operacionais e financeiros no terceiro trimestre, mas prevê que a situação tenderá a deteriorar-se, em termos relativos, no resto do ano, com a redução da procura a pressionar as tarifas em baixa ao passo que os custos continuarão elevados.
Em termos consolidados, o grupo reportou no terceiro trimestre um crescimento homólogo de 29,9% no volume de receitas (19,9 mil milhões de dólares) e um aumento de 2,8% no EBITDA (9,2 mil milhões de dólares). Mas a margem de EBITDA já cedeu 0,4 pontos percentuais (para 46%).
Considerando apenas o negócio do shipping, e ainda em termos homólogos, as receitas cresceram 25,8%, mesmo se os volumes subiram apenas 4,1%. O EBITDA avançou 27,2%, mas a margem progrediu apenas 0,6 pp.
Comparando com o segundo trimestre, os volumes transportados (5,7 milhões de TEU) cresceram uns marginais 0,9%, mas as receitas já recuaram 1,9%, o EBITDA baixou 5,1% e a margem operacional deslizou 1,8 pp.
“O Grupo CMA CMA registou uma vez mais resultados robustos no terceiro trimestre. Nos últimos dois anos, reforçámos significativamente a nossa estrutura financeira e desenvolvemos os nossos negócios ao longo da cadeia logística. O declínio da procura levou ao regresso a níveis de fluxos internacionais mais normais e a uma baixa significativa dos fretes. Neste novo contexto, continuaremos a investir para reforçar a nossa posição no transporte marítimo e na logística, acelerar a nossa transição energética e oferecer aos nossos clientes soluções ainda mais eficientes”, comentou, citado em comunicado, o presidente e CEO da CMA CGM, Rodolphe Saadé.
Na verdade, o terceiro trimestre ficou marcado, entre outros eventos, pela conclusão da compra da GEFCO, pelo reforço do portefólio de terminais e pela reforço da CMA CGM Air Cargo.