Depois dos prejuízos de 1,4 mil milhões de dólares em 2009, a CMA CGM anuncia agora lucros de 1,6 mil milhões em 2010. Nada que se compare com os 124 milhões alcançados em 2008, antes da crise, portanto.
O que mudou entretanto? Muita coisa, mas sobretudo os resultados operacionais, ou mais concretamente os custos operacionais. Na verdade, se o volume de receitas em 2010, na casa dos 14,3 mil milhões de euros, foi muito superior aos 10,5 mil milhões de 2009, ficou ainda ligeiramente abaixo dos 15,1 mil milhões de 2008.
E todavia os volumes transportados em 2010 – 9,04 milhões de TEU – superaram os números de 2009 (7,9 milhões) e mesmo os de 2008 (8,7 milhões).
A diferença principal está no EBITDA, que no último exercício atingiu os 2,5 mil milhões de dólares, quando em 2009 foi negativo em 667 milhões e em 2008 se ficou pelos 1,2 mil milhões positivos. Em 2010, os custos operacionais apenas cresceram 4%. A margem operacional situou-se nos 17,6%, uma das mais altas da indústria, sustenta o grupo francês.
Numa análise aos principais mercados, a CMA CGM referiu que as linhas Ásia-Europa e intra-Ásia registaram volumes recordes, enquanto o trans-Pacífico regressou agora aos níveis anteriores à última recessão.
Ao longo do ano a CMA CGM recebeu 20 novos porta-contentores, dos quais 12 são sua propriedade, e desses oito têm mais de 11 000 TEU de capacidade. E com isso elevou a capacidade da sua frota (396 navios, 91 próprios) para os 1,2 milhões de TEU, ou 8,6% do total mundial.