Tendo movimentado sensivelmente os mesmos volumes de há um ano, a CMA CGM perdeu quase metade das receitas no segundo trimestre.
Apesar da difícil conjuntura, a CMA CGM logrou transportar praticamente os mesmos contentores de há um ano (5,6 milhões de TEU agora; 5,62 milhões no segundo trimestre de 2022).
Todavia, as receitas caíram 47,9%, de 16 mil milhões para 8,4 mil milhões de dólares. A receita média por TEI recuou 10,3% para 1 401 dólares.
O EBITDA caiu 76% para 2,2 mil milhões de dólares, com a margem a ficar em menos de metade, de 56,9% para 26,2%.
Já na logística, as receitas mantiveram-se, no segundo semestre, nos 3,8 mil milhões de dólares, mas o EBITDA subiu 4,7% para 356 milhões de dólares e a margem avançou 0,4 p.p. para 9,4%.
Em termos consolidados, o Grupo CMA CGM realizou receitas de 12,3 mil milhões de dólares (menos 36,9% em termos homólogos), com o EBITDA a fixar-se nos 2,6 mil milhões de dólares (-73%), com uma margem de 21,1% (-28,1 p.p.). O resultado líquido afundou de 7,6 para 1,3 mil milhões de dólares.
Apesar das incertezas que permanecem, Rodolphe Saadé mantém a confiança em que o grupo conseguirá ultrapassar este ciclo, mercê da combinação estratégica dos transportes e da logística e a solidez financeira.
A propósito, a CMA CGM tem investidos mais de 14 mil milhões de dólares em mais de 100 navios e GNL e metanol.