A CMA CGM ficou de novo abaixo da linha de água, em 2011, mas fez comparativamente muito melhor que o sector e espera regressar aos lucros já no corrente exercício. Apesar das muitas incertezas.
A companhia gaulesa atingiu um recorde nos volumes transportados, tendo superado pela primeira vez os dez milhões de TEU. Em termos homólogos, o crescimento foi de 11%, superando largamente a média do mercado, que foi de 6,5%.
Com isso, o volume de negócios aumentou 4%, para os 14,9 mil milhões de dólares. O EBITDA cedeu face a 2010 mas foi ainda positivo em 711 milhões de dólares.
Negativo foi o resultado líquido. Mas “apenas” em 30 milhões de dólares. Nada que se compare, por exemplo, com as perdas de 600 milhões experimentadas pela Maersk Line. A subida do preço do combustível foi a primeira explicação avançada.
Mas já este ano a CMA CGM prevê regressar aos lucros. Para isso conta com o programa de redução de custos, que deverá permitir poupar mais 400 milhões de dólares, e com ganhos de 80 milhões de dólares por via da redução dos custos dos fretamentos de navios.
Rodolphe Saadé, CEO da companhia, citado no comunicado emitido a propósito dos resultados anuais, disse esperar também uma melhoria da situação global do mercado, em particular no decurso do segundo semestre.
A estratégia da CMA CGM para o ano em curso passa também pelo reforço das parcerias com a MSC, para os tráfegos Ásia – Norte da Europa e da América Latina, e com a Maersk, no Ásia – Mediterrâneo, Adriático e Mar Negro.