A CMA CGM anunciou um resultado líquido de 178 milhões de dólares no segundo trimestre e reafirmou o objectivo de chegar ao final do ano de novo com lucros.
Os ganhos do segundo trimestre comparam com os 78 milhões de dólares de há um ano e contrastam com a perda de 248 milhões de dólares registada entre Janeiro e Março deste ano.
A ajudar à reviravolta nas contas, justificou a empresa, esteve a recuperação do mercado, quer em volumes, quer nas tarifas. Entre Abril e Junho, a CMA CGM transportou 2,7 milhões de TEU (uma subida homóloga de 8%) a uma tarifa média de 1 380 dólares/TEU (mais 9% que no primeiro trimestre, sendo que no Ásia-Europa a subida chegou aos 33%).
O volume de negócios cresceu assim 12%, em termos homólogos, até aos 4,1 mil milhões de dólares. O EBITDA chegou aos 460 milhões (340 milhões há um ano) e a margem operacional atingiu os 11% (a melhor da indústria, reclama a CMA CGM).
Ao mesmo tempo, o plano de redução de custos garantiu, só no primeiro trimestre, poupanças de 296 milhões de dólares, num total de 400 milhões previsto para o todo o ano.
O momento positivo do mercado continuou no arranque do segundo semestre, pelo que a CMA CGM espera ainda resultados muito fortes no terceiro trimestre e reafirmou o objectivo de fechar o exercício de novo no azul. Mesmo se os fretes poderão voltar a cair no último trimestre.
Prosseguindo a sua reestruturação, a CMA CGM concluiu há dias a venda da Compagnie du Ponant, operadora de cruzeiros de luxo, e deverá fechar até ao final do ano a alienação de participações minoritárias em 14 terminais de contentores.