O comboio lançado este mês entre a Autoeuropa e Barcelona deverá aumentar a capacidade em 2023, com a passagem a composições de 550 metros de comprimento.
Actualmente, o serviço semanal é assegurado por comboios de 500 metros de extensão, com 16 vagões de piso duplo, com capacidade para 184 veículos. Com o ganho esperado de 50 metros de comprimento, o comboio da Autoeuropa passará a contar 18 vagões e cerca de 200 veículos.
A ligação ferroviária entre a fábrica da Seat em Martorell, arredores de Barcelona, a Autoeuropa, em Palmela, e o porto de Barcelona foi lançado há cerca de duas semanas, mas só agora é notícia do lado de lá da fronteira. Ainda assim, é possível ficar a saber um pouco mais da solução logística implementada pela Rodocargo e Takargo, em Portugal, e pela Pecovasa Renfe Mercancías, em Espanha.
Até aqui, os Seat produzidos em Barcelona e destinados ao mercado português eram encaminhados por comboio até El Salobral, na região de Madrid, e a partir dali distribuídos aos concessionários com recurso ao camião. Agora, os veículos vêm directamente por comboio até Palmela, a partir de onde a Rodocargo os leva até Azambuja, para a a distribuição capilar.
Na inversa, a composição carrega veículos da Autoeuropa até Barcelona, a partir de onde são distribuídos em Espanha e França e, por via marítima, para outros mercados do Mediterrâneo.
No espaço de um ano prevê-se o transporte de mais de 20 mil veículos em comboio, retirando da estrada cerca de 2 400 camiões. Com isso reduzindo as emissões de CO2 em cerca de 43%.
As poupanças ambientais só não são maiores porque a tracção ferroviária, de ambos os lados da fronteira, é ainda feita com locomotivas diesel. Até porque do lado de lá ainda falta electrificar a via até Salamanca.
