A IATA reviu em forte alta a estimativa dos prejuízos em que as companhias europeias deverão incorrer este ano. Serão agora 1,1 mil milhões de dólares, mais 500 milhões do que o previsto em Março.
E no entanto a situação global do sector dá sinais de melhoria. A IATA destaca a quebra do preço do petróleo (baixou de 115 para 110 dólares/barril a previsão do preço médio), a subida do tráfego de passageiros (mais 4,8%, contra mais 4,2% em Março) e o estancar da queda das mercadorias. Mas a crise da zona euro persiste e é até possível que se agrave.
Em termos globais, a IATA mantém para o final do ano a previsão de Março, de um lucro de três mil milhões de dólares para a indústria do transporte aéreo. Um valor que ficará muito longe dos 7,9 mil milhões de 2011 e a anos-luz dos 15,8 mil milhões registados em 2010.
A rendibilidade do sector ficar-se-á pelos 0,5% (contra 1,3% há um ano e 2,9% há dois anos), insuficiente para remunerar o capital investido.
A Europa continuará a ser o “patinho feio” do sector, e a IATA admite mesmo que o agravamento da situação possa resultar em mais falências. Mas em termos de “bottom line” não é só o Velho Continente a ver os números piorarem.
As novas previsões da IATA para o final do ano, para as diferentes regiões, são agora as seguintes: América do Norte, lucros de 1,5 mil milhões de dólares (900 milhões em Março); Ásia-Pacífico, lucros de 2 mil milhões (2,3 mil milhões em Março); Médio Oriente, lucros de 400 milhões (500 milhões em Março); América Latina, lucros de 400 milhões (300 milhões em Março); África, perdas de 100 milhões (sem variação).