Oficial ou oficiosamente, o Grupo Sousa e a Portline negam a existência de qualquer negócio entre as duas companhias. Mas várias fontes contactadas pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS insistem em que o grupo madeirense terá acordado a compra da PCI, que concentra o negócio dos contentores da Portline.
O TRANSPORTES & NEGÓCIOS errou. Ao contrário do avançado há dias, replicando uma notícia vinda a público na “TR”, a Empresa de Navegação Madeirense (Grupo Sousa) não chegou a acordo para comprar a Portline, SA, a actual “holding” que controla a Portline Containers International (PCI) e a Portline Bulk International (PBI).
Já depois de publicada a notícia (e falhada a tentativa de obter em tempo comentários das entidades envolvidas), a existência do negócio foi desmentida ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS por responsáveis das empresas.
Contudo, se a alegada compra/venda da PBI nunca terá sido sequer equacionada, já a transacção envolvendo o negócio do transporte marítimo de contentores continua a ser dado como certo por várias fontes entretanto auscultadas pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
As mesmas fontes lembram que a reestruturação da Portline, com a separação dos negócios dos contentores e dos granéis, já terá visado facilitar a alienação da actividade das linhas regulares.
A venda terá mesmo estado iminente no ano passado, sendo comprador o Grupo TMB, mas acabaria por gorar-se. Sebastião Figueiredo comprou, sim, a Portmar e a Portmar Logistics.
Agora, o acordo entre a Portine e o Grupo Sousa já estará selado mas o anúncio oficial estará dependente do parecer da Autoridade da Concorrência, sobretudo por causa das ligações entre o Continente e as Regiões Autónomas.
O Grupo Sousa já detém a Empresa de Navegação Madeirense e a Boxlines, que também actuam, em exclusivo, no mercado insular. E se é verdade que já hoje – fruto da escassez de mercadorias – os operadores concorrentes partilham a capacidade dos navios, também é um facto que cada um tem a sua política comercial. A concretizar-se, a compra da PCI garantirá ao Grupo Sousa uma “fatia de leão” nas ligações para a Madeira e para os Açores.