A aquisição da TAP será mesmo uma das prioridades para o grupo IAG, que controla a BA e a Iberia, prosseguir o seu plano de crescimento por aquisições, avança o “FT” na sua edição de hoje.
Segundo os analistas contactados pelo britânico “FT”, uma eventual compra da TAP permitiria à IAG consolidar a sua posição como primeiro operador nas ligações aéreas entre a Europa e a América Latina.
Ao mesmo tempo, um tal movimento impediria a Lufthansa de comprar a companhia portuguesa, sua parceira na Star Alliance, e de assim reforçar a sua posição no mercado da América Latina, provavelmente também com uma parceria com a futura Latam (a companhia que resultará da fusão da LAN Chile com a TAM brasileira).
Mas a TAP não é a única oportunidade de negócio (quase) imediato que se coloca à IAG. Nem será a mais apetecível. Na mira estarão também a BMI e a Aer Lingus.
A BMI será o activo mais desejado, por causa dos slots que detém no aeroporto de Londres. Também por isso será mais cara (os slots foram avaliados em 2008 em cerca de mil milhões de euros). E haverá que contar com a concorrência, nomeadamente da Virgin, mas também de companhias do Próximo Oriente desejosas de estabelecer uma presença forte em Heathrow.
A Aer Lingus será o negócio menos apetecível, apesar de tudo. Em causa estará a venda dos 25% que a Irlanda ainda detém na companhia, a que poderá juntar-se a fatia de quase 30% pertença da Ryanair. Mas a companhia terá, além do mais, um “buraco” de 400 milhões de euros no seu fundo de pensões.