A Fertagus vai operar o “comboio da Ponte” durante mais seis anos e cerca de seis meses, decidiu o Governo, em Conselho de Ministros.
A prorrogação da concessão da travessia ferroviária da Ponte 25 de Abril visa compensar os prejuízos sofridos pela Fertagus durante a pandemia. Mas o novo prazo fica longe dos 11 anos pretendidos pela operadora.
O pedido de reequilíbrio financeiro da concessão já tinha sido aceite pelo Governo anterior, que decidiu compensar a empresa com mais tempo para explorar o serviço em vez de lhe pagar em dinheiro.
O prazo actual da concessão termina no final do mês corrente.
A concessão da Fertagus iniciou-se em Julho de 1999, então com um prazo de 30 anos. No entretanto, vicissitudes várias motivaram que o prazo fosse encurtado e prolongado. A última alteração aconteceu em 2019. Com a prorrogação agora decidida, a duração total do contrato acabará por ficar cerca dos 30 anos inicialmente previstos.
Nos 25 anos que leva de operação (cumpridos em Julho passado), o “comboio da Ponte” transportou 498 milhões de passageiros e percorreu 51 milhões de quilómetros.
O serviço da Fertagus liga Lisboa (estação Roma-Areeiro) a Setúbal, numa distância de 54 quilómetros.