No primeiro trimestre, as concessões de terminais renderam 18,1 milhões de euros às administrações portuárias. O valor mais alto de sempre para o período.
Em termos homólogos, o valor das rendas das concessões arrecadado pelas administrações dos portos de Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines cresceu 8%, enquanto a movimentação de cargas apenas subiu 2%, refere o relatório divulgado pela UTAP (Unidade Técnica de Apio a Projectos).
O porto de Leixões recebeu a maior fatia: 7,6 milhões de euros, mais 12%, devido ao aumento dos movimentos globais, e em particular de carga contentorizada. Sines encaixou 4,6 milhões de euros (mais 11%), a beneficiar, entre outros motivos, do acréscimo da actividade do terminal de contentores.
Em Lisboa, as receitas das concessões mantiveram-se estáveis nos 4,2 milhões de euros. Em Setúbal subiram 4% para 1,7 milhões de euros.
Aveiro foi a excepção, tendo registado uma perda de 27% de receitas e encaixado apenas 138 mil euros.
TCL pagou cinco milhões
A TCL, agora Yilport Leixões, concessionária do terminal de contentores do porto nortenho, continua a ser, destacada, a concessionária que mais rendas paga. Só no primeiro trimestre foram cinco milhões de euros, 17% acima do entregue no mesmo período de 2018.
A Liscont, concessionária do terminal de contentores de Alcântara, pagou 574 mil euros (menos 8%), a Sotagus, concessionária de Santa Apolónia, pagou 1,9 milhões de euros (mais 16%). E a PSA Sines, do Terminal XXI, pagou 822 mil euros (mais 52%).
Os números são o que são, mas não podem ser comparados sem mais, uma vez que as características dos contratos variam de concessão para concessão. No caso de Sines, a concessionária foi, recorde-se, responsável pela construção do terminal.
Olhando para outras concessionárias, no ranking das maiores contribuintes para as administrações portuárias, atrás de TCL surge a Petrogal, enquanto concessionária do terminal de granéis líquidos de Sines, com rendas pagas de 2,1 milhões. A petrolífera repete em Leixões, com 1,9 milhões de euros pagos. Empatada com a Sotagus.
Mais de um milhão de euros de rendas pagaram ainda o terminal multipurpose de Sines (1,2 milhões) e o terminal multiusos II de Setúbal (um milhão de euros).
No ano passado, as concessões portuárias representaram um encaixe de 68,9 milhões de euros. Para o ano corrente estão previstos 71,2 milhões.