A Autoridade da Concorrência tem dúvidas sobre os efeitos no mercado da aquisição pela Yilport Iberia e pelo Grupo Sousa do controlo conjunto da Sotagus. Abriu uma investigação aprofundada.
Foi em Janeiro que a Yilport Iberia e a GS Marítima (Grupo Sousa) notificaram a Autoridade da Concorrência (AdC) do acordo para o controlo conjunto da Sotagus, concessionária do terminal de contentores de Alcântara, no porto de Lisboa.
Agora, e “perante os elementos recolhidos até ao momento”, a AdC anunciou em comunicado “não se poder excluir que a referida operação de concentração resulte em entraves significativos à concorrência efectiva no mercado nacional ou em parte substancial deste”.
Daí, a decisão de abrir uma investigação aprofundada. Para avaliar, por um lado, o risco de “o Grupo Sousa impedir ou dificultar o acesso de armadores concorrentes ao terminal da Sotagus, com impacto sobre a capacidade concorrencial destes armadores e, consequentemente, nas condições de concorrência nas ligações marítimas operadas pelo Grupo Sousa”.
E, por outro lado, para “excluir o risco da operação ter impacto sobre a capacidade concorrencial dos terminais concorrentes do terminal da Sotagus no porto de Lisboa e, em particular, do Terminal Multipurpose de Lisboa (TML), em resultado do desvio para o terminal da Sotagus da carga que o Grupo Sousa opera actualmente no TML”.
Sem esquecer “o risco de a operação de concentração poder ser susceptível de produzir efeitos restritivos ao nível da concorrência pelo mercado, nomeadamente no que se refere às condições de concorrência potencial nos futuros concursos públicos das concessões de terminais da Zona Portuária Oriental de Lisboa e, em particular, a futura concessão pelo terminal actualmente operado pela Sotagus”, acrescenta o comunicado da AdC.
No final da investigação aprofundada, o negócio da Yilport Ibéria e Grupo Sousa na Sotagus pode ser aprovado, com ou sem “remédios”, ou chumbado.
Yilport nunca mais lança concurso para obra de ampliação do terminal do porto de Leixões !? …