À terceira pode ser que seja de vez… O segundo concurso para a operação da ligação marítima entre a Madeira e o Continente ficou deserto. Atá ao final da semana, o governo regional quer ter pronto um novo caderno de encargos.
Nem os nove milhões de euros de apoios públicos convenceram os potenciais candidatos a apresentar propostas até às 24 horas de ontem.
“Apesar de 13 operadores terem levantado o caderno de encargos, até internacionais com experiência marítima, nenhum deles conseguiu concretizar uma boa proposta e nem sequer apresentaram propostas”, adiantou aos jornalistas o vice-presidente do Governo Regional.
“Nós estamos já a trabalhar num caderno de encargos”, disse Pedro Calado, acrescentando que o objectivo é “lançar muito rapidamente um novo concurso”.
A ideia é ter o novo documento “pronto até ao final desta semana”, indicando que o valor do concurso será o mesmo (3 milhões de euros anuais) e adaptado ao período de maior procura dos madeirenses que é o Verão e “às condições mínimas dos armadores”.
Nos termos do concurso que agora acabou deserto, o futuro operador da ligação marítima entre a Madeira e o Continente ficava obrigado a realizar pelo menos uma viagem semanal em ambos os sentidos, com uma duração máxima de 24 horas, sem escalas intermédias, e com um navio capaz de transportar cerca de 300 passageiros e carga rodada.
Para ajudar a equilibrar as contas da operação, o armador poderia (poderá) contar com um apoio do Governo da Madeira de três milhões de euros/ano, durante os três anos do contrato.
Entre os 13 que mostraram interesse de princípio no concurso que ficou deserto contaram-se a Transinsular, a Mutualista Açoreana, a Vieira & Silveira, a Naviera Armas, a Grandi Navi Veloci ou a Hellenic Seaways.