Um consórcio basco acordou a compra de 29,7% da Talgo afastando, pelo menos para já, a “ameaça” de controlo da empresa por polacos.
O consórcio comprador integra os accionistas da siderúrgica Sidenbor, o governo regional e o banco basco Kutxabank. Do lado vendedor está o consórcio Pegaso, que controla 40% do capital da Talgo.
O acordo prevê o pagamento de 4,15 euros por acção, ficando o pagamento de mais de 85 cêntimos por acção dependente da performance da empresa de material ferroviário.
Na prática, o consórcio basco dispõe-se a igualar a oferta dos polacos do PFR, que ofereciam cinco euros por acção.
Mediante o acordo entre bascos, o fundo polaco anunciou a sua retirada da disputa, recusando a compra de uma participação minoritária, mas não descartando vir a apresentar uma OPA sobre 100% da Talgo.
No imediato, os polacos, que detêm a Pesa, fabricante especializado em locomotivas e comboios regionais e inter-regionais, mantém a disposição de colaborar com a Talgo, forte na Alta Velocidade.
De acordo com o “El Confidencial”, a Talgo precisa de um parceiro capaz de fabricar comboios avaliados em quatro mil milhões de euros.
O negócio basco agora formalizado – que avalia a Talgo em 595 milhões de euros – fica dependente das autorizações dos reguladores.