O consórcio Lusolav, liderado pela Mota-Engil, é o único candidato à PPP da Alta Velocidade entre Oiã e Soure.
A história repete-se. Segundo concurso para a construção da linha de Alta Velocidade entre o Porto e Lisboa, e de novo o consórcio Lusolav (constituído pela Mota-Engil, Teixeira Duarte, Casais, Alves Ribeiro, Conduril e Construções Gabriel A.S. Couto) foi o único a apresentar uma proposta. A concorrência espanhola voltou a perder por falta de comparência, ao que parece com o argumento do preço demasiado baixo.
Também o líder da Mota-Engil já disse que os preços pretendidos pelo Estado são demasiado baixos, mas ao mesmo tempo anunciou a intenção de ir a todos os concursos, e está a cumprir.
O concurso para a segunda PPP da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa foi lançado em Julho passado.
Na altura foi dito que a concessão compreende “71 quilómetros de uma nova linha de Alta Velocidade”, “a adaptação da actual estação de Coimbra às necessidades da Alta Velocidade”, a “quadruplicação da Linha do Norte entre Taveiro e a entrada Sul da estação de Coimbra”, e “uma nova subestação de tracção eléctrica na zona de Coimbra e ligações da LAV à Linha do Norte, nas proximidades de Oiã, Adémia, Taveiro e Soure”.
O preço máximo fixado para a adjudicação é de “1.604.296.194 euros [1,6 mil milhões de euros], expresso em valor actual líquido, por referência a Dezembro de 2023”, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP) em Julho.
No total, a IP terá de desembolsar faseadamente, durante 30 anos, 4,2 mil milhões de euros, com cinco anos de período de desenvolvimento (concepção, projecto, construção, financiamento, manutenção) e 25 anos de disponibilização da infra-estrutura.
O consórcio Lusolav já venceu o concurso da primeira PPP, correspondente ao troço entre o Porto e Oiã.
A primeira fase da linha Alta Velocidade Porto – Lisboa, entre o Porto e Soure, deverá estar concluída em 2030.
Entretanto, Portugal prepara-se para apresentar nova candidatura ao CEF – Transportes, procurando arrecadar até mais cerca de 800 milhões de euros para o projecto da Alta Velocidade.
Em Julho passado, recorde-se, a Comissão Europeia atribuiu 813 milhões de euros para o mesmo fim.