Entre Janeiro e Setembro, o porto de Lisboa movimentou 8,6 milhões de toneladas, praticamente o mesmo que no período homólogo de 2014. Em boa medida à custa do tráfego de contentores, apesar das perdas do último mês e antes de sofrer os efeitos da greve dos trabalhadores portuários.
Com a movimentação dos granéis – sólidos e líquidos – em baixa, valeu ao porto da capital o ganho de 4,2% na carga contentorizada para limitar a 1,25% as perdas acumuladas no processamento de mercadorias.
No final de Setembro, a carga contentorizada somava em Lisboa 3,8 milhões de toneladas. O movimento de contentores atingiu os 377 131 TEU, mais 2,9% que os cerca de 366 mil de há um ano. Um crescimento ligeiro, mais a mais num nível historicamente baixo, ainda por causa dos efeitos das greves dos estivadores de há três anos, e que agora muito provavelmente será interrompido de novo à conta das paralisações dos trabalhadores portuários. A movimentação de contentores é em regra a mais afectada.
Mesmo sem greves, importa dizer, em Setembro, o tráfego de contentores no Tejo já decaiu para a casa dos 40 mil TEU (44 mil há um ano).
Facto é que a crescer 4,2%, a carga contentorizada liderou a movimentação de cargas em Lisboa, à frente dos granéis sólidos, que perderam 7,7% para cerca de 3,6 milhões de toneladas.
Igualmente em baixa, os granéis líquidos ficaram-se sobre o milhão de toneladas, 4.4% abaixo do realizado nos primeiros dez meses de 2014.
Em alta mas sem peso específico para compensarem as perdas de outros, a carga geral fraccionada mais do que duplicou para as 144 mil toneladas e a carga ro-ro ficou perto das dez mil toneladas.