A Europa já não está entre os dez maiores portos de contentores do mundo. A China tem nove no top 20. E África tem um: Tanger Med.
Os números são da “upply”, com base nos dados divulgados pelas autoridades portuárias e confirmam o contínuo ascendente da Ásia (e em particular da China) e o declínio da Europa e EUA no mapa mundial dos portos de contentores.
Olhando para o top 20 mundial, a Ásia conta 15 portos (quatro nos cinco primeiros, 7 nos dez maiores…), contra dois da Europa, um dos EUA e um de África.
Só a China tem nove portos no top 20 (incluindo aqui Hong Kong) que, juntos, movimentaram 54,8% dos 387,5 milhões de TEU processados em todos. A última novidade é o porto de Beibu Gulf, que entrou para o 20.º posto fruto de um crescimento de 14,2% para cima dos oito milhões de TEU.
À frente de Beibu Gulg está outro estreante: Tanger Med, que no ano passado crescer 13,4% até aos 8,6 milhões de TEU (ainda em 2020, movimentava apenas 5,8 milhões de TEU). A proximidade à Europa é, claro, uma das razões, para não dizer a principal razão, do sucesso do porto marroquino.
Na Europa, precisamente, Roterdão, que durante anos resistiu no top 10, caiu para o 12.º posto, com uma quebra de 7% no movimento de contentores (13,5 milhões de TEU). Antuérpia-Bruges também desceu na tabela, com uma perda de 7,2%, passando a ocupar o 14.º lugar (12,5 milhões).
Los Angeles mantém-se com o único resistente dos portos dos EUA, num 18.º lugar (8,6 milhões de TEU) agora ameaçado por Tanger Med.
De volta à Ásia e ao topo do ranking, na frente nada de novo, com Xangai (49,2 milhões de TEU), Singapura (39 milhões) e Ningbo-Zhoushan (35,3 milhões) a manterem as três primeiras posições, com crescimentos entre os 3,9% e os 5,8%.
E Sines não consegue competir com Tanger !…