O projecto do corredor logístico de hidrogénio verde entre Sines e Roterdão deu mais um passo, com a assinatura do Memorando de Entendimento entre os promotores.
O ministro Pedro Nuno Santos presidiu, em Sines, à assinatura do Memorando de Entendimento entre os parceiros que integram o Projecto H2Sines.RDAM.
Anunciado em Julho passado, o projecto envolve as multinacionais ENGIE, Shell, Vopak e Anthony Veder e visa, no essencial, produzir hidrogénio verde em Sines para Roterdão.
O hidrogénio verde será produzido numa unidade a instalar na Zona Industrial e Logística de Sines, após o que será convertido em H2 líquido, para exportação por via marítima a partir do porto de Sines. Para o efeito será construído um navio dedicado, adiantou aos jornalistas o presidente do Porto de Sines, José Luís Cacho.
O cronograma aponta para o arranque das exportações em 2027, com uma produção diária de cerca de 100 toneladas, com capacidade para crescer à medida do mercado.
“Portugal não produz petróleo, mas tem sol e vento que pode ser exportado”, sublinhou o ministro das Infraestruturas, em declarações aos jornalistas, à margem do evento.
Segundo o governante, o país deve “aproveitar” a “capacidade de produção de energia por fontes renováveis, nomeadamente através da solar e da eólica, e exportar essa energia, transformada em hidrogénio verde, para o centro e norte da Europa”.
“Este corredor logístico que se está a começar a construir vai-nos dar essa oportunidade, dando centralidade a Portugal naquilo que é o maior desafio da humanidade: a transição ambiental e energética em que estamos todos envolvidos”, referiu.
Por isso, para Pedro Nuno Santos, a aposta na descarbonização e na transição energética é também “uma grande oportunidade económica para Portugal”, colocando “Sines no centro deste grande desafio mundial”.