O Corredor do Lobito (participado pela Mota-Engil) vai escoar concentrado de cobre extraído pela Ivanhoe Mines na República Democrática do Congo.
O Corredor do Lobito e a Ivanhoe Mines assinaram um memorandum de entendimento (MoU) para a exportação de concentrado de cobre das minas de Kamoa-Kakula (RD Congo) através do corredor ferroviário e do porto angolano do Lobito.
É o primeiro acordo comercial assinado pela concessionária do Corredor do Lobito desde que assumiu a concessão, em Outubro do ano passado.
Ainda no último trimestre deste ano far-se-á um primeiro transporte, experimental, de até dez mil toneladas de concentrado de cobre até ao porto do Lobito, onde ficarão armazenadas até serem vendidas no mercado internacional e então expedidas.
A linha ferroviária do Corredor do Lobito passa a escassos cinco quilómetros do perímetro das minas de Kamoa-Kakula e atravessa a denominada Western Foreland para futura exploração mineira. O percurso ferroviário até ao porto do Lobito é de apenas 1 739 quilómetros, o que permite uma viagem de ida e volta de 20 dias.
Até agora, o concentrado de cobre extraído nas minas da Ivanhoe Mines na RD Congo é escoado por rodovia, quase exclusivamente pelos portos de Durban (distante 3 056 km, com uma viagem de ida e volta de 50 dias) e Dar es Salaam (2 466 km., 40 dias). Os portos da Beira e e Walvis Bay são também utilizados.
Os custos logísticos representam mais de 30% dos custos totais das minas de Kamoa-Kakula, essencialmente devido à longa distância aos porto.
O consórcio integrado pela Mota-Engil, Trafigura e Vecturis detém a concessão do Corredor do Lobito por um prazo de 30 anos. No âmbito do contrato, o consórcio comprometeu-se a investir 455 milhões de dólares em Angola e 100 milhões de dólares na RD Congo, na infra-estrutura e material circulante (35 locomotivas e mais de 1 500 vagões).