O francês Nicolas Fournier é o novo presidente do conselho de administração da Lobito Atlantic Railway (LAR), consórcio gestor do Corredor do Lobito, participado pela Mota-Engil.
Segundo uma nota da Administração do Porto do Lobito, o gestor francês, que sucede ao português Francisco Franca, foi apresentado na segunda-feira, numa cerimónia presidida pelo presidente da unidade portuária angolana.
Celso Rosas destacou, na ocasião, as acções desenvolvidas nos últimos dois anos pela gestão anterior, referindo que, desde a assinatura do contrato de concessão do terminal, até à chegada dos primeiros navios de transporte de minério, o seu empenho foi “determinante” para consolidar o papel do Porto do Lobito “como eixo fundamental” do Corredor.
O presidente do porto, localizado na província angolana de Benguela, manifestou igualmente confiança de que o novo presidente da LAR dará continuidade ao ritmo de trabalho e aos resultados já alcançados.
Francisco Franca, citado no comunicado, considerou, por seu lado, que a parceria entre o Porto do Lobito e a LAR “é sólida, próspera e com um horizonte de longo prazo”, dando nota de que, nos próximos dias, o Porto deverá receber novas remessas dos mais de 9 mil contentores adquiridos pela LAR.
Anunciou ainda que a empresa prevê, para os próximos dias, a circulação de nove comboios semanais com minério, dos quais cinco internacionais, com uma operação ferroviária que liga o Lobito à República Democrática do Congo em apenas seis dias.
O Corredor do Lobito liga o Porto do Lobito, na costa atlântica de Angola, às regiões ricas em minerais da República Democrática do Congo (RD Congo), através de uma linha férrea com mais de 1 300 quilómetros que atravessa o país.
A LAR, que integra, além da Mota-Engil, a suíça Trafigura e a belga Vecturis, obteve em 2022 uma concessão de 30 anos para operar e gerir o Corredor do Lobito e o terminal de minério do Porto do Lobito.