Actualmente, apenas cinco companhias operam navios de mais de 13 000 TEU. Dentro em pouco, apenas sete dos maiores 20 operadores não terão à sua disposição os novos “gigantes” dos mares.
A Alphaliner fala numa “corrida” aos megacarriers (Ultra Large Containership) e, de facto, parece que é disso que se trata. Desde o início do ano, e apesar dos sinais contraditórios sobre a evolução do mercado, quatro operadores aderiram ao “clube” dos que pretendem operar navios de mais de 13 000 TEU.
Longe vai o ano de 2006, quando a Maersk fixou um novo patamar com o Emma Maersk, capaz de transportar mais de 10 000 TEU. A companhia dinamarquesa poderá anunciar ainda este mês a encomenda firme de mais dez navios de 18 000 TEU. E passarão a ser 20.
Actualmente apenas a Maersk opera navios de mais de 15 000 TEU (o Emma Maersk e mais sete). A MSC, a CMA CGM, a CSCL e a UASC são as únicas restantes a disporem de navios de mais de 13 000 TEU. Mas o panorama vai mudar em breve. A Hapag-Lloyd, a OOCL, a NYK e a APL, cita a Alphaliner, já colocaram as respectivas encomendas.
Desde 2008, foram entregues 98 navios de mais de 10 000 TEU e outros 147 são esperados para os próximos quatro anos. No mínimo.
Actualmente, entre os 20 maiores players no transporte marítimo de contentores, apenas a Hamburg Sud, a K Line, a CSAV, a Evergreeen, a Yang Ming, a MOL e a PIL não têm colocadas encomendas para navios de mais de 10 000 TEU.
Os operadores justificam as encomendas com a redução dos custos operacionais unitários. A Alphaliner estima que um navio de 13 000 TEU permita uma poupança de 150 dólares/TEU comparativamente com um navio de 8 500 TEU no FE-Europa. Uma vantagem competitiva que poderá motivar mais companhias a optarem por navios cada vez maiores, numa espiral que tendera a agravar as dificuldades para encher a capacidade disponível.