A CP lançou hoje o concurso público para 117 automotoras, com opção para até mais 36. É a maior compra da sua história.
Foi hoje publicado em Diário da República o anúncio do concurso público internacional para o fornecimento de 117 automotoras à CP, num investimento previsto de 819 milhões de euros.
Em causa estão 62 unidades automotoras destinadas aos serviços urbanos de Lisboa e Porto e 55 ao serviço regional, a que acrescem as “respectivas peças de parque, sobresselentes e ferramentas especiais” e a “construção de oficinas de material circulante”.
O concurso prevê ainda “a opção de aquisição de um ou dois conjuntos de até 18 unidades automotoras, cada, para serviço urbano”. Uma opção que, a ser executada, elevará, obviamente, o montante do investimento a realizar.
O concurso hoje lançado inscreve-se no Plano de Investimento em Material Circulante Ferroviário, aprovado por Resolução do Conselho de Ministros de Julho passado.
De acordo com a referida Resolução, pelo menos 617 milhões de euros do investimento previsto deverão provir de fundos comunitários (no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027). A comparticipação nacional será garantida pelo Fundo Ambiental, que para o efeito usará receitas das taxas de carbono cobradas sobre as viagens aéreas, marítimas e fluviais.
O concurso hoje lançado tem um prazo de execução de 83 meses. A calendarização do investimento prevê 81,9 milhões de euros já para 2022, sendo os anos de maior esforço 2027 e 2028, quando haverá que pagar 176,4 milhões de euros em cada.