A CP Carga prevê reduzir este ano em mais de 10% as perdas registadas em 2009 (cerca de 30 milhões de euros).
A companhia liderada por Rocha Soares antecipa para o final do exercício um crescimento de actividade na ordem dos 8% e um aumento de produtividade de cerca de 15%.
Para o próximo ano, as metas já fixadas apontam para novos ganhos de produtividade de 15%, um aumento de actividade na casa dos 10% e uma melhoria do resultado líquido acima dos 20%. E com isso será possível chegar em 2013 ao break-even operacional, acredita a administração.
“A CP Carga está a ganhar novos mercados”, garante Rocha Soares. O que lhe tem permitido compensar a quebra de 10% (ou cerca de 800 mil toneladas/ano) resultante da redução para metade do consumo de carvão na produção de energia.
O dia 19 de Novembro vai ficar para a história do sector, garante a empresa, tal o volume de produção realizado nessas 24 horas. Foram então transportadas mais de 48 250 toneladas, o equivalente a cerca de 3 200 camiões, “substituídos” por cerca de uma centena de comboios, num percurso médio de 240 quilómetros.
“As principais mercadorias transportadas, e que representam cerca de 60% do volume atingido, foram contentores (10 436 toneladas), cimento (4 434), carvão (4 434), minério (4 200), madeira (2 673) e produtos siderúrgicos (1 655)”, adiantou ao TRANPORTES & NEGÓCIOS o presidente do CA.
Sem surpresa, o “eixo Sines – Setúbal – Lisboa – Linha do Norte – Linha da Beira Baixa” concentrou a maioria das ligações e das cargas, devido também à aposta da CP Carga nas ligações aos portos – particularmente Sines, Setúbal, Lisboa e Aveiro “onde actualmente detemos cerca de 100% da quota ferroviária”, acrescentou Rocha Soares.
“A Cimpor, a MSC, a Tejo Energia, a Somincor, a Conteparque, a Liscont e a Portucel” mantêm como os principais clientes da empresa, concluiu.