A CP não deverá precisar de qualquer compensação por perda de receitas com o Passe Ferroviário Verde (PFV), de 20 euros, estima o ministro das Infraestruturas.
“A manter-se esta tendência, a CP não precisará dos 19 milhões de euros que o Governo colocou no Orçamento do Estado para precaver essa potencial perda de receita. A CP vai aumentar a sua receita e não vai precisar de um único euro daquele investimento extra”, afirmou Miguel Pinto Luz, que foi o orador convidado de um almoço-debate promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa.
Segundo dados avançados pelo Ministério das Infraestruturas a 1 de Abril, a CP transportou 32 milhões de passageiros nos primeiros dois meses do ano, mais 2,5 milhões do que no mesmo período de 2024, e as receitas aumentaram 3,9%, para 35,2 milhões de euros.
Naquele período, segundo a mesma fonte, o serviço Regional registou um aumento da procura de 121,4%, o Intercidades uma subida de 54,3% e no serviço Alfa Pendular, onde não é possível usar o PFV, registou-se uma subida de 2,4% do número de passageiros.
O PFV de 20 euros mensais entrou em vigor em 21 de Outubro do ano passado e, até ao início do mês, tinham sido vendidos 220 mil títulos, dos quais 40% representam novos clientes.
Hoje, Miguel Pinto Luz reiterou que a CP vai ter o material circulante novo que pediu para o serviço de Alta Velocidade, mas sem adiantar números, e que é actualmente uma empresa “preparada para a concorrência”.
“Não temos medo nenhum de concorrer seja com quem for que venha para o mercado nacional concorrer nas nossas linhas”, garantiu o ministro.