A CP atingiu, em 2022, um resultado líquido positivo. À conta do aumento das receitas e da redução de custos, mas sobretudo por causa do Contrato de Serviço Público.
Pela primeira vez na sua história, no ano passado a CP recebeu do Estado o que lhe era devido pela prestação do serviço público. Foram 85,3 milhões de euros, que fizeram toda a diferença e permitiram chegar ao final do ano com um lucro de oito milhões de euros.
A ajudar às contas esteve também o aumento das receitas, resultado do recorde de passageiros transportados.
Os serviços Urbanos de Lisboa (precisamente os que registaram o maior aumento de procura) atingiram receitas de 95 milhões de euros, os Intercidades 49 milhões, o Alfa Pendular (que não está abrangido pelo Contrato de Serviço Público) 45 milhões, os Urbanos do Porto 31 milhões e os Regionais 29 milhões.
Positiva para o resultado final foi também a redução das despesas, particularmente com a integração da EMEF e a internalização de trabalhos de manutenção do material circulante e de sistemas. Um exemplo: a manutenção d Radio Solo gerou uma poupança de 400 mil euros.
Por resolver mantém-se o problema da dívida histórica da CP, na casa dos 2,1 mil milhões de euros, mas até aí 2022 não foi mau de todo, com a baixa dos juros a permitir uma redução dos encargos da dívida, de 31 para 23 milhões de euros.