Os três comboios internacionais de passageiros operados pela CP (sozinha ou em parceria com a Renfe) representaram um prejuízo de mais de cinco milhões de euros para a transportadora nacional.
As maiores perdas verificaram-se no Sud Expresso, integralmente explorado pela CP. No ano passado, os cerca de 78 mil passageiros transportados deixaram nas bilheteiras uma receita de 3,7 milhões de euros, sensivelmente metade dos custos operacionais, que foram de 7,2 milhões de euros. Resultado: um prejuízo de 3,5 milhões de euros.
Já o Lusitania Expresso, explorado conjuntamente pela CP e pela Renfe, registou uma perda de 900 mil euros… para a parte portuguesa, que suportou custos de 2,9 milhões de euros e recebeu dois milhões de euros de receitas dos 78 mil passageiros transportados. As perdas espanholas terão sido semelhantes, sendo que o material circulante é da Renfe e, logo, a CP tem de pagar um aluguer.
O mais recente comboio internacional, o Celta, que liga o Porto a Vigo, explorado conjuntamente pelas duas operadoras públicas ibéricas, valeu 764 mil euros de perdas para a CP, apesar da melhoria da oferta com o aumento de paragens.
Ainda assim, a CP falha numa redução global de perdas de 2,8 milhões de euros, conseguida essencialmente à custa da fusão do Sud Expresso e do Lusitania Expresso e da substituição do restaurante por uma cafetaria a bordo.