A CP poderá, afinal, vir a encomendar mais 36 composições, para além das 117 anunciadas há dias pelo Governo.
De acordo com a Resolução do Conselho de Ministros que aprovou o Plano de Investimento em Material Circulante Ferroviário para a CP, e que foi hoje publicada em Diário da República, o concurso para a compra das 117 unidades automotoras eléctricas deverá incluir a opção para mais 36.
Contudo, essa opção só poderá ser exercida depois de 2026, e assim seja concedida a necessária autorização governamental para a realização da despesa.
Tal como já havia sido anunciado no final do Conselho de Ministros que aprovou a renovação e reforço do material circulante da CP, das 117 unidades a adquirir 62 destinar-se-ão aos serviços urbanos de Lisboa e Porto e 55 aos serviços regionais.
As 36 automotoras em opção destinar-se-ão também aos serviços urbanas.
Para já, o investimento autorizado é de 819 milhões de euros (+IVA), a serem dispendidos entre 2022 e 2029. Já no próximo ano poderão ser gastos 81,9 milhões de euros (+IVA). Os anos de maior esforço serão, de acordo com o calendário aprovado, 2027 e 2028, quando haverá que pagar 176,4 milhões de euros (+IVA) em cada.
Ainda de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros, pelo menos 617 milhões de euros do investimento previsto deverão provir de fundos comunitários (no âmbito do Quadro Financeiro Plurianual 2021-2027). A comparticipação nacional será garantida pelo Fundo Ambiental, que para o efeito usará receitas das taxas de carbono cobradas sobre as viagens aéreas, marítimas e fluviais.