Longe dos holofotes, a CP estará a ultimar o processo de abertura do capital da Fernave a parceiros públicos e privados.
A CP, que detém 100% da empresa de formação e consultoria, deverá reduzir a sua participação a 60%. Uma posição de 30% será assumida pela Infraestruturas de Portugal. E os restantes 40% serão distribuídos, não se sabe se em partes iguais, por um estabelecimento de ensino superior público e por um grupo privado, avança o “Público”.
Empresa historicamente deficitária, a Fernave tem vindo a melhorar os seus resultados, e o seu reconhecimento no mercado, fruto dos projectos que tem desenvolvido em Angola e Moçambique, particularmente na área ferroviária. Por cá, tem apostado cada vez mais na formação também na área da operação portuária.
A abertura do capital a privados não é uma questão de hoje, e muito menos pacífica. Terá sido, inclusivamente, um dos motivos a ditar o afastamento de Rui Lucena, o antecessor de Crespo Rodrigues na direcção-geral da empresa.
O Grupo Visabeira, parceiro da Fernave na Transcom, em Moçambique, é há muito apontado como o candidato mais bem colocado (e interessado) para entrar no capital da empresa pública portuguesa.