A aplicação dos Acordos de Empresa na CP e CP Carga permitirá poupar cerca de quatro milhões de euros nos custos do trabalho suplementar, de acordo com os estudos feitos pelas administrações das empresas.
O estudo, que a Inspecção-Geral de Finanças tratará de validar a partir de segunda-feira, compara os Acordos de Empresa com o regime da Função Pública no relativo aos custos com o trabalho extraordinário, em dia de descanso e feriado e trabalho nocturno.
A poupança de quatro milhões de euros compara com os 8,8 milhões de euros de custos com trabalho suplementar suportados pela empresa no ano passado, adianta o “DE”.
Hoje cumpriu-se mais um dia de greve dos trabalhadores ferroviários, em protesto contra a aplicação do regime da Função Pública. Os sindicatos mantêm o calendário de paralisações, apesar dos apelos das administrações da CP e da CP Carga, e apesar do anúncio da acção da IGF para validar as conclusões do estudo citado.
Caso se confirme que o Acordo de Empresa é mais “comprovadamente mais favorável”, o Ministério das Finanças já disse que ele deverá ser aplicado.
O impasse arrasta-se desde o final de Abril. No caso da CP Carga, fontes da empresa contactadas pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS sustentam que no entretanto se perdeu muito da flexibilidade operacional que estava a ser uma das “armas” para conquistar cargas e clientes.