Adaptar as carruagens compradas à espanhola Renfe à tensão eléctrica da rede ferroviária nacional deverá custar à CP 1,2 milhões de euros.
A CP lançou hoje o concurso público internacional para aquisição de conversores de tensão elétrica para as carruagens compradas à homóloga espanhola Renfe.
Segundo o anúncio do concurso, hoje publicado em Diário da República, a CP quer comprar “53 conversores Chooper Booster (monofásico) de 1500 Vcc ou Vac para 3.000Vcc”, terminando já em Outubro o prazo para apresentação de propostas (30 dias a contar de hoje).
A CP adquiriu à Renfe, por 1,65 milhões de euros, 51 carruagens que vão ser requalificadas nas oficinas de Guifões e que, segundo anunciou em Julho o ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, deverão custar entre 130 mil e 150 mil euros cada uma.
As primeiras carruagens do pacote de 51 destinam-se à Linha do Minho e estarão a funcionar entre Dezembro e Janeiro, segundo o governante, que na altura adiantou que Portugal queria lançar concursos para material circulante.
“A aquisição de material circulante disponível em Espanha faz parte de um esforço de curto prazo para fazer face às necessidades dos portugueses. A CP com 1,65 milhões de euros comprou 51 carruagens [usadas] que novas custariam [cada uma] mais de um milhão de euros”, destacou o ministro, na visita então realizada ao Parque Oficinal de Guifões, em Matosinhos, onde a CP vai requalificar as carruagens.
Ainda de acordo com o governante, o investimento total, contando com a requalificação, poderá rondar os sete a oito milhões de euros e as carruagens vão estar ao serviço das linhas de intercidades e regionais, podendo circular a 200 quilómetros por hora.
Há dias estalou a polémica sobre a presença de amianto em algumas das carruagens adquiridas, mas a CP apressou-se a garantir que a remoção do amianto estava prevista desde a primeira hora.