Sete anos volvidos, retomou hoje a operação na linha de Sintra/Azambuja a primeira de duas UQE 3500 de dois pisos recuperadas nas oficinas da CP do Entroncamento.
Cerca de seis milhões de euros terá sido o custo de aquisição de cada uma das duas automotoras eléctricas que, com 15 anos de vida, a CP decidiu encostar em Campolide, há cerca de sete anos. Recuperá-las custará cerca de dois milhões de euros.
A primeira começou hoje a operar. A segunda deverá retomar o serviço em Maio próximo. Serão dois reforços de peso para a operação na linha de Sintra/Azambuja, das mais utilizadas na rede nacional. Cada automotora pode transportar cerca de 800 passageiros. Até hoje, a CP tinha ao serviço 10.
Os trabalhos de recuperação das UQE são mais demorados, e mais caros também, por causa dos estragos que o tempo provocou, os actos de vandalismo e a retirada de peças e componentes para reparação das demais automotoras.
Com a intervenção realizada, que foi muito para além da pintura, do piso e dos estofos, as “novas” UQE 3500 poderão operar por mais 15 a 20 anos, garantem os técnicos.
Na linha de Sintra/Azambuja viajaram, em 2019, segundo dados da CP, cerca de 69 milhões de passageiros, uma média de 200 mil passageiros em dia útil, sendo que, para assegurar a resposta a esta procura, foram realizados cerca de 120 mil comboios por ano.
Em 2020, devido à pandemia de Covid-19 e ao confinamento generalizado, o número de passageiros transportados sofreu uma quebra de 34%, tendo sido transportados 45,8 milhões.
Permitam-me fazer uma pequena correcção: onde se lê “até hoje, a CP tinha ao serviço 12”, deve ler-se “até hoje, a CP tinha ao serviço 10”. Por outras palavras, o regresso ao serviço das duas unidades que se encontravam imobilizadas é que permite repor as 12 automotoras originalmente alocadas à CP.