A braços com dívidas de maia de 800 milhões de euros, a Naviera Armas deverá passar amanhã para o controlo de quatro fundos de investimento. A intenção é vender a companhia e interessados não deverão faltar.
JP Morgan, Barings, Bain Capital e Cheney Capital deverão assumir amanhã o controlo da Naviera Armas, numa assembleia geral extraordinária convocada para votar a reestruturação da companhia.
Os quatro fundos de investimento, os maiores credores da companhia, injectarão dinheiro vivo na empresa, que passará a ser dirigida por Sergio Vélez, director-geral sénior de FTI Consulting España, especializada em recuperação de empresas, avança o espanhol “El Confidencial”.
O objectivo é regressar ainda este ano a resultados operacionais positivos e, logo que possível, alienar a companhia. Até porque haverá vários interessados.
A Baleària foi a primeira a assumir o interesse, tendo inclusivamente mantido já contactos exploratórios com a JP Morgan. A Boluda poderá também entrar na corrida, ela que ainda em 2020 tentou, sem sucesso, comprar a Trasmediterránea (adquirida pela Naviera Armas em 2018). A Grimaldi, que comprou a Trasmediterránea, poderá estar interessada no resto do grupo. E há ainda a GNV (Grupo MSC), apontada como também candidata.
A Naviera Armas foi fundada em 1941, por António Armas Curbelo. A família perderá amanhã o controlo da empresa.
A Naviera Armas, recorde-se, manteve, entre 2006 e 2012, uma ligação entre Portimão e Funchal, para o transporte de passageiros e carga rodada, tão elogiada quanto contestada.