A indústria dos cruzeiros está a crescer em Portugal a um ritmo anual de 12-15%. No ano passado, o seu impacte na economia nacional chegou aos 195 milhões de euros.
O Forum Empresarial da Economia do Mar realiza amanhã, quinta-feira, a primeira conferência dedicada ao sector dos cruzeiros em Portugal. Objectivos: fazer o ponto da situação da actividade, destacando a sua importância para a economia nacional, e discutir formas de desenvolver o negócio.
Um estudo do European Cruise Council, divulgado pelo Porto de Lisboa, concluiu que, em 2011, o impacte directo da indústria de cruzeiros na economia nacional atingiu os 195 milhões de euros (mais 17 milhões que em 20120). No entanto, Portugal ocupa apenas o 12.º lugar neste ranking, entre as economias europeias.
Melhor é a posição do país enquanto destino de cruzeiro dos passageiros europeus, sendo ultrapassado apenas pela Itália, Espanha, Grécia, França e Noruega. Enquanto país de embarque, ocupa a 11.ª posição.
De acordo com o mesmo estudo, o sector representa em Portugal cerca de 8 100 empregos.
No ano passado, o conjunto dos portos nacionais registou um número recorde de cruzeiristas e de escalas de navios de cruzeiro. E a tendência mantém-se no ano corrente.
Entre os desafios que se colocam à actividade sobressaem a diversificação dos mercados de origem (ainda muito concentrados na Europa, e em particular na Alemanha e no Reino Unido), a redução da sazonalidade e o aumento do impacte directo na economia nacional.
Os portos de Lisboa e Leixões têm em curso a construção de novos terminais de cruzeiros. E o mesmo já fizeram o Funchal e Ponta Delgada. São investimentos vultuosos mas, como concluiu o estudo do European Cruise Council, cada milhão de euros gasto na indústria de cruzeiros gera 2,45 milhões de euros de volume de negócios.