Em Abril, os accionistas da CSAV vão decidir um aumento de capital da companhia e a dispersão em Bolsa de uma subsidiária para fazer face às dificuldades que se adivinham.
A CSAV obteve em 2010 um resultado líquido de 170,8 milhões de dólares, que contrasta com as perdas de 565 milhões sofridas no ano anterior.
As receitas operacionais atingiram os 5,5 mil milhões de dólares, tendo crescido 80% relativamente aos 3 mil milhões em 2009. A Ásia garantiu 54% do volume de negócios, enquanto as Américas responderam por 36% e a Europa por 9%.
A ajudar ao aumento das receitas e dos lucros esteve a subida dos fretes e também a subida dos volumes. Em 2010 a CSAV movimentou 2,89 milhões de TEU, mais 62% que os 1,79 milhões do exercício anterior.
Em 2009 a companhia chilena esteve à beira da falência, tendo sido salva pelos donos dos navios que tinha fretados, que aceitaram injectar 770 milhões de dólares. Os resultados de 2010 sugerem uma situação oposta, mas a verdade é que no quarto trimestre o crescimento desacelerou.
Há dias, o novo presidente da empresa avisou para os “resultados negativos” esperados para o final do primeiro trimestre. E por isso, e porque a envolvente não é a mais favorável, a administração decidiu avançar com um programa que contempla o reforço dos capitais.
As propostas, a serem votadas na assembleia de accionistas de Abril, prevêem um aumento de capital de até 500 milhões de dólares em cash e a venda directa ou dispersão em Bolsa de até 49% da SAAM (Sudamericana, Agencias Aéreas e Marítimas).
Entretanto, a Quiñenco, um dos maiores conglomerados empresariais do Chile, entrou no capital da CSAV tendo adquirido o equivalente a 10% à Marinsa, que é o accionista maioritário da empresa.