O fecho da base de Figo Maduro, a criação de um novo terminal e o recurso a Beja são algumas das propostas da Comissão Técnica Independente (CTI) para aumentar no curto prazo a capacidade do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa.
No estudo, hoje disponibilizado, a CTI propõe medidas para melhorar as condições operacionais do aeroporto de Lisboa, “face à necessidade de criar alternativas expeditas no curto prazo com impacto mínimo na operação”.
A CTI propõe, assim, “a consideração de um novo terminal (T3) e novas placas de estacionamento na zona do AT1”, ou seja, do Aeródromo de Trânsito Militar nº1 (Figo Maduro). A CTI estima que toda a intervenção neste âmbito possa custar 243,5 milhões de euros, mas aponta valores finais para um estudo prévio.
Outra medida destacada pela CTI é a redefinição das regras de atribuição de slots: “a alocação de slots aeroportuários terá de ser reequilibrada, distribuindo equitativamente ao longo da hora o número de voos”, com o tempo de ocupação a ser “redefinido e considerado na coordenação dos slots aeroportuários, de modo a evitar que uma aeronave chegue com o estacionamento ainda ocupado, tendo de ficar a aguardar em caminhos de circulação”.
A CTI considera ainda que é “necessário adoptar uma estratégia de atracção das aeronaves de maior capacidade e analisar sistematicamente as causas dos slots não utilizados”.
Para a Comissão poderiam ser ainda tomadas medidas de redireccionamento de voos não comerciais para outras infra-estruturas, destacando o “business aviation para LPCS (Aeródromo Municipal de Cascais)”, o “tráfego militar e VIPs de Estado para uma base militar” sem impacto na operação do aeroporto Humberto Delgado, e o tráfego charter não regular para o terminal civil de Beja.
Segundo o estudo, a Base Aérea de Beja, “nas condições actuais de acessibilidade, não pode ser uma alternativa comercial para gestão das pontas de tráfego de passageiros do AHD [Aeroporto Humberto Delgado] e do Aeroporto de Faro, mas pode ser considerada para acolher operações exclusivas de carga e de charters não regulares, libertando espaços do AHD”.
Este relatório, tal como a “Lusa” já tinha noticiado, já tinha sido entregue ao Governo, “para análise, no início de Setembro”, de acordo com a comissão, que explicou que “contém um conjunto de medidas que o Executivo, se assim o entender, pode colocar já em prática”, sem ter de “aguardar pelo relatório final”.
“A CTI entendeu, em concordância com os objectivos pelos quais foi mandatada pelo Governo, que encaminhar antecipadamente esta análise e soluções para o Executivo permitiria ganhar tempo útil na ponderação de decisões de investimento e de melhoria de operacionalidade no AHD”, explicou.
Só comentando as linhas gerais, BEJA como alternativa sem acessos rápidos para escoar mercadorias e pessoas mesmo em voo charter.
Poderíamos colocar slogan “com Beja charter é garantido uma visita pelo interior do país”.
Quem vem num voo charter para depois estar mais uma hora numa camioneta ou conjunto de camionetas para escoar um avião.
Relatórios com este tipo de comentários só demonstra os técnicos que temos nestas comissões, será que alguma vez fizerem lisboa /beja de camioneta com estrada de saída de Beja com uma unica faixa?
Sejamos realistas, deveria ser explicada a esta comissão o significado de intermodalidade e do que atrai pessoas e carga aérea é a rapidez de chegar ao local de destino e não para ficar no meio do “nada”, com as devidas desculpas para a cidade de Beja.
Um bem haja
Afinal a Corrupção chegou ao NAL – novo e futuro aeroporto de Lisboa não escaparam como não escapou à Corrupção o ministro Galamba ! …