![Contos impopulares [i]](https://www.transportesenegocios.pt/wp-content/uploads/2022/02/Fernando-Grilo-1-1.jpg)
“Dona Tututa”, em homenagem à pianista cabo-verdiana Epifânia de Freitas Silva Ramos Évora (1919-2014), é o nome do primeiro navio adquirido pela CV Interilhas, que deverá chegar a Cabo Verde em Junho.
O navio, que representou um investimento de cerca de quatro milhões de euros, está ainda em Lisboa, nos estaleiros da Navaltagus (Grupo ETE), a ser objecto de uma revisão geral das máquinas e do reforço dos sistemas de segurança a bordo.
Com 69 metros de comprimento e capacidade para transportar mais de 200 passageiros e 43 viaturas (ou 11 atrelados de 15 metros), o ro-pax operava entre as diversas ilhas das Bahamas e da Flórida (EUA), num ambiente muito semelhante à realidade de Cabo Verde. A sua chegada a Cabo Verde estava prevista para Maio.
Além da maior capacidade para passageiros e cargas, o reforço da CV Interilhas dispõe de instalações adequadas para 16 tripulantes, permitindo a navegação durante 24 horas e reduzindo o tempo de escala em porto.
O “Dona Tututa” vai juntar-se ao “Chiquinho BL”, o primeiro navio da CV Interilhas, afretado pelo Grupo ETE, que detém 51% da operadora cabo-verdiana.
Um segundo navio próprio deverá ser adquirido durante o segundo semestre do corrente ano, conforme adiantou à “Lusa”, em entrevista, em Abril passado, Jorge Maurício, vice-presidente do Grupo ETE – Cabo Verde. A nova unidade será a maior da frota, com capacidade para 300 a 350 passageiros e 70 viaturas, disse.
Ainda sobre a madrinha do novo navio da CV Interilhas, a operadora sublinha, no comunicado divulgado a propósito, que “Dona Tututa, ou Tututa Évora, desafiou a cultura através da combinação da sua formação em música clássica com a música cabo-verdiana, tendo ainda sido impulsionadora da igualdade de género dos cidadãos artistas de Cabo Verde”.
A CV Interilhas detém a concessão do serviço público de transporte marítimo inter-ilhas de passageiros e carga por um período de 20 anos. O contrato está a ser renegociado entre a empresa do Grupo ETE e o governo de Cabo Verde.
Desde quando, navio afretado é navio próprio??!!