A greve dos trabalhadores das administrações portuárias, iniciada às zero horas de segunda-feira, foi hoje desconvocada.
“A greve foi hoje desconvocada, à excepção do porto dos Açores. Chegou-se a um acordo”, disse fonte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações e Juntas Portuárias (SNTAJP). Apesar de não adiantar pormenores, o sindicato referiu que “provavelmente” a greve no porto dos Açores será desconvocada ainda hoje.
A greve deveria prolongar-se até às 24 horas de sexta-feira, seguindo-se-lhe a recusa à prestação de trabalho extraordinário.
De acordo com uma nota enviada, na terça-feira, pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP), na origem da paralisação esteve, no essencial, a recusa da assinatura do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) por parte das administrações portuárias. Ao arrepio do acordo alcançado em Dezembro do ano passado.
“Por outro lado, os resultados consubstanciados no referido acordo estiveram sempre dependentes das orientações recebidas pela tutela, segundo as informações que nos eram transmitidas. E foi por isso que esta direcção sindical deixou cair outras reivindicações, exactamente para evitar inflacionar os custos”, acrescentou ainda o sindicato.
A nota refere que existem outras razões para a greve “nomeadamente nos portos das regiões autónomas” e que as administrações não cumprem o ACT em vigor desde Dezembro de 2015″.
Como acontece, em regra, em situações semelhantes, as opiniões divergiram sobre o impacto da paralisação no trabalho dos portos, com os sindicatos a falarem em dezenas de navios à espera de serem operados e as administrações portuárias a desvalorizarem – ou a não comentarem – os atrasos verificados.